L (-) Arte


Ontem esteve a Lua mais redonda e quente que me recordo de ter visto. 
E hoje o calor abraçava-nos de uma maneira que é difícil pensar que noutras partes do planeta há guerra e tremores de terra.
Mas aqui a Professora Raquel Henriques da Silva despede-se, daquela que é a última edição da L+Arte, com optimismo. Eu sei que é preciso fugir do "chorinho" português, mas é mais forte do que eu. Como é que é possível que em Portugal não haja mercado para existir uma (não se trata de uma dúzia, como é o caso da nossa vizinha Espanha) revista sobre arte. Eu estava convencida que a L+Arte tinha conseguido o seu cantinho no mundo da imprensa portuguesa. Shame on me! Uma revista que tentou ser isenta, contemporânea, crítica q.b., actual, rigorosa, etc. O que é que se pode pensar de um país cujo desprezo pela arte, é tão notório, "a começar no desprezo dos governantes que tendem a ignorar as opiniões dos especialistas e cujos orçamentos roçam a indignidade"?

Será que só temos mercado para revistas cujos os textos não ultrapassem as três linhas? 

Enquanto dormimos (ou não)









Na Av. Fontes Pereira de Melo. Estes graffitis fazem parte do projecto Crono, que consiste numa parceria com a Câmara Municipal de Lisboa numa tentativa de revitalizar os prédios velhos. Estes feitos em Junho de 2010 tiveram a mão de artistas internacionais: os writers Gemeos (Brasil), Blu (Itália) e Sam3 (Espanha).